O mau hálito é caracterizado pelo cheiro desagradável que sai pela boca.
Cerca de metade da população já teve alguma experiência própria com este problema (1).
Por conta disso, muitos podem ter passado por dificuldades na convivência social.
Isso porque o cheiro ruim exalado pela boca pode provocar o afastamento das pessoas e prejudicar a auto-estima.
Em geral, o mau hálito é causado por condições que afetam a nossa boca.
Entretanto, também pode surgir devido a outras condições de saúde fora dela.
Você sabia?
Nesse artigo você irá conhecer quais são as principais causas desse problema bucal.
Além disso, saberá como se dá o seu tratamento.
O que fazer para se livrar do mau hálito?
Para acabar com o mau hálito (também chamado de halitose) pode ser necessário passar por uma avaliação profissional para descobrir a sua causa, pois há diversas origens possíveis. Em geral, pode estar relacionado com a má higienização da boca. Nestes casos, você pode melhorar seus cuidados de higiene oral (2).
Nesse sentido, escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia.
Recomenda-se que essa limpeza seja feita após as refeições principais e antes de dormir.
Além disso, também é muito importante fazer a limpeza diária da sua língua.
Para uma higienização mais adequada, você pode utilizar os dispositivos chamados de “raspadores de língua”.
Eles podem ser encontrados facilmente em supermercados e farmácias.
Também não se esqueça de usar o fio dental para limpar os espaços que a escova não alcança.
Nos casos em que se faz uso de dentaduras, a higienização e a remoção dela, à noite ao dormir, também é recomendada.
Por outro lado, outras medidas, para acabar com o mau hálito, envolvem se hidratar bastante durante o dia e evitar fumar.
Quais as causas do mau hálito?
De modo geral, as principais causas de mau hálito tem origem na própria boca, por exemplo:
- Doenças na gengiva e raiz dos dentes
- Falta ou pouca produção de saliva (xerostomia)
- Restaurações dentárias inadequadas
- Dentaduras sujas
- Falta de limpeza da língua
- Uso de cigarro
Dentre elas, a má higienização dos dentes e da língua são os principais causadores desse problema (3).
E afinal, por que isso acontece?
Em geral, o mau hálito surge por conta das bactérias presentes em toda a nossa boca.
Esses seres se aproveitam da cavidade bucal para viver, onde liberam gases à base de enxofre.
Esses gases são os grandes responsáveis por causar o cheiro ruim que sai da boca.
Mas vale lembrar que, além das causas relacionadas com a boca, a halitose também pode surgir por outros fatores.
Por exemplo:
- Infecções (não apenas dentro da boca, mas também no nariz ou na garganta)
- Diabetes mellitus
- Problemas no estômago
- Dietas muito restritivas (por exemplo, dieta cetogênica)
- Insuficiência renal
- Doenças no fígado
Como eu sei se tenho mau hálito?
Infelizmente muitas pessoas sofrem com essa condição sem saber.
Embora alguns procurem ajuda, o mais comum é que quem tem halitose, não saiba.
Mas afinal, como a própria pessoa não sente o odor ruim que sai de sua boca?
Isso acontece porque o nosso corpo se acostuma com aquele odor e passa a não “senti-lo” mais.
Por isso, muitas pessoas não procuram ajuda, simplesmente pelo fato de não saberem que têm halitose.
Dessa forma, é importante que as pessoas que convivem com quem tem a condição a avisem.
Quando procurar por um profissional de saúde?
Procure por um dentista ou médico caso você perceba ou seja avisado que está com mau hálito de forma persistente.
Esses profissionais irão constatar a presença do problema avaliando o cheiro que sai de sua boca.
Eles poderão avaliar se o problema tem origem na boca ou em problemas de outros órgãos e sistemas do corpo.
Por exemplo, podem comparar o cheiro que sai da boca com o que sai pelo nariz, para verificar se o cheiro pode ter origem na cavidade nasal.
Além disso, podem utilizar aparelhos (monitores de sulfetos e de cromatografia gasosa) (4,5) que detectam a presença das substâncias que o causam.
A depender do caso, podem solicitar exames complementares para se investigar e confirmar a causa do problema.
Com isso, o médico e/ou o dentista poderá orientar o melhor tratamento para o seu caso (6).
Natural de Alfenas, Minas Gerais, Mateus Beker é discente de graduação no curso de bacharelado em Odontologia pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Atualmente, é bolsista do MEC pelo Programa de Educação Tutorial (PET) - Odontologia, instituído na Universidade Federal de Alfenas.Possui atividades de pesquisa relacionadas a ação anti-inflamatória de extratos e compostos bioativos de produtos naturais, assim como sobre a associação de determinadas variáveis no surgimento de lesões de origem endodôntica. Além disso, desenvolve trabalhos nas áreas de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial e Estomatologia.Outras áreas de seu interesse incluem Cirurgia Bucomaxilofacial e Implantodontia.Ele foi admitido na equipe do Vitalismo no ano de 2021. Como escritor especializado para os assuntos que abrangem a área Odontológica e outras temáticas relacionadas à saúde, procura apresentar informações de forma objetiva e compreensível, além de demonstrar a importância da procura por orientação adequada.
William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.
