Neuroblastoma: Câncer Muito Comum em Crianças. Tem cura?

Você já ouviu falar em neuroblastoma?

Saiba que é a segunda neoplasia maligna (câncer) mais comum, que ocorre fora do crânio (estrutura óssea da cabeça), em crianças (1).

É raro ocorrer após os 10 anos de idade.

Mas que tipo de câncer é o neuroblastoma?

Nesse artigo você vai entender mais sobre essa doença e como ela ocorre.

Além disso, vai ler sobre suas possíveis complicações e ter algumas noções do tratamento.

O que é neuroblastoma maligno?

O neuroblastoma é um câncer (neoplasia maligna) muito comum na infância. Tem esse nome por se desenvolver a partir de neuroblastos (células nervosas imaturas e que ainda estão em desenvolvimento) que estão em várias partes do corpo.

Em geral, o local mais comum para esse tipo de neoplasia são as glândulas supra-renais (que ficam em cima dos rins).

No entanto, o neuroblastoma infantil também pode aparecer em outras áreas do abdome, tórax, pescoço e coluna vertebral.

Isso porque em todos esses locais também existem células nervosas.

Qual a causa do neuroblastoma?

Em primeiro lugar, para entender sua causa é preciso compreender como um câncer se desenvolve.

De maneira geral, um câncer começa com alguma mutação (alteração) genética que faz as células aumentarem de número descontroladamente.

Como consequência desse crescimento descontrolado, as células cancerosas se acumulam e formam uma massa (tumor).

Como vimos anteriormente, o neuroblastoma surge de células chamadas de neuroblastos que são células nervosas mais “jovens” ou imaturas, portanto, são também menos especializadas ainda (2).

Ou seja, não possuem ainda características tão bem desenvolvidas.

Em bebês saudáveis, em condições normais, essas células amadurecem ou desaparecem.

No entanto, em alguns casos, há o acúmulo dessas células, o que forma um tumor: o neuroblastoma.

Por fim, é importante ressaltar que a causa dessas mutações genéticas que alteram o crescimento dessas células ainda não está clara.

Por isso, na maioria desses casos, a causa não é identificada.

Sintomas

Primeiramente, é importante ressaltar que os sintomas vão depender da área do corpo que foi afetada.

Neuroblastoma de abdome

  • Dor e inchaço abdominal
  • Massa arredondada sob a pele (“caroços”) sensível (dolorosa)
  • Mudanças nos hábitos intestinais (diarreia ou constipação)

Neuroblastoma no tórax

  • Dificuldade em respirar
  • Respiração ofegante
  • Dor no peito
  • Fadiga

Por fim, outros sintomas podem estar presentes em neuroblastomas localizados em qualquer parte do corpo:

  • Dor nas costas
  • Febre
  • Perda de peso sem outra explicação
  • Dores nos ossos
  • “Olheiras” ao redor dos olhos
  • Olhos que parecem estar “saltando para fora” (proptose)

Complicações

Algumas complicações têm relação com a compressão de órgãos e estruturas do corpo.

Isso porque, conforme a massa tumoral vai crescendo, pode pressionar estruturas e órgãos importantes que levam a complicações relacionadas à estrutura afetada.

Por exemplo, uma compressão na artéria renal (do rim) pode alterar o fluxo de sangue e causar pressão alta no organismo (hipertensão), já que esta região tem papel na regulação da pressão dentro dos vasos sanguíneos.

Além disso, a compressão também pode atingir a medula óssea e causar dor e paralisia (3).

Por fim, outra complicação grave é a metástase, ou seja, a propagação do câncer para além da região original de onde o tumor (neoplasia) maligno surgiu.

Neuroblastoma tem cura?

Curiosamente, alguns casos melhoram por conta própria, enquanto que outros casos vão exigir diferentes modalidades de tratamento (4,5).

De maneira geral, o tratamento que tem como objetivo a cura, pode ser feito de várias formas dependendo da idade da criança, do estágio do câncer, das células envolvidas e do local do tumor.

Por isso, os procedimentos que seu médico pode prescrever são variados, os quais incluem:

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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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