Parkinson: Por Que Causa Tremores? Entenda Essa Doença

É provável que você já tenha ouvido falar de Parkinson.

Afinal, é aquela doença famosa pelos fortes tremores na mão, geralmente em pessoas mais idosas.

Além disso, ela é a segunda maior responsável por causar problemas neurodegenerativos (quando há problemas no sistema nervoso que pioram progressivamente) (1).

Mas você sabe quais são os outros sintomas e as complicações do Parkinson?

Nesse artigo, você vai ver as causas dessa doença, os sintomas e suas complicações.

Além disso, vai aprender sobre o seu tratamento.

Qual é a causa da doença de Parkinson?

A causa de Parkinson é a degeneração (e morte) gradual e contínua de neurônios (células do sistema nervoso que estão no cérebro). Alguns desses neurônios produzem dopamina (2) (substância que transmite mensagens ou estímulos no cérebro para outras células). Sendo assim, a morte dos neurônios e diminuição de dopamina leva a alterações da atividade cerebral e dá origem aos sintomas da doença.

No entanto, o porquê dessa degeneração dos neurônios ainda não está totalmente claro.

Mas existem alguns fatores que podem estar relacionados, como por exemplo:

  • Presença de corpos de Lewy (3): são substâncias que se acumulam dentro das células cerebrais que podem estar relacionados ao Parkinson
  • Mutações genéticas: algumas mutações raras podem causar a doença
  • Fatores ambientais: exposição a certas toxinas (herbicidas e pesticidas) podem aumentar as chances de desenvolver a doença

E afinal, quais as consequências da morte dos neurônios?

Sintomas de Parkinson

  • Tremores (em geral, começam nas mãos ou nos dedos)
  • Movimentos lentos ou dificuldades para iniciar um movimento
  • Dificuldade em movimentos considerados “automáticos” (piscar, sorrir, balançar os braços ao andar)
  • Rigidez (“endurecimento”) dos músculos (com dor e limitação para o movimento)
  • Instabilidade na postura ou no equilíbrio
  • Dificuldades na fala
  • Demência (problemas de memória e raciocínio)
  • Dificuldade de escrever
  • Alterações do sono

Ainda que os motivos do desenvolvimento do mal de Parkinson não estejam totalmente esclarecidos, existem alguns fatores de risco relacionados. Vejamos a seguir.

Fatores de risco

  • Idade: em geral, essa doença aparece em pessoas com 60 anos ou mais
  • Sexo: os homens são mais acometidos pela doença do que as mulheres

Parkinson é hereditário?

A genética também é um fator de risco, mas não é certeza do desenvolvimento desse distúrbio.

Ou seja, se você tem algum parente próximo com Parkinson, tem apenas mais chances de desenvolver a doença.

Quando procurar um médico?

Procure ajuda profissional se você tem ou conhece alguém que apresente os sintomas sugestivos da doença, como tremores, dificuldades para fazer movimentos comuns do dia dia, dificuldades na comunicação, dentre outros.

Isto será importante para o diagnóstico desta condição ou para encontrar outras doenças que podem estar causando os sintomas.

Além disso, se for confirmado o mal de Parkinson, isso pode desencadear outros problemas de saúde.

Complicações

  • Dificuldade de pensamento, raciocínio e memória
  • Dificuldade para mastigar e engolir
  • Depressão
  • Distúrbios de sono
  • Problemas na bexiga
  • Constipação
  • Fadiga
  • Problemas no olfato
  • Quedas repentinas de pressão
  • Disfunção sexual

No entanto, muitas dessas complicações são tratáveis com acompanhamento médico adequado.

Diagnóstico

Em geral, o diagnóstico dessa doença é clínico.

Ou seja, o médico vai avaliar seu histórico, observações dos sintomas e exame físico neurológico.

No entanto, o profissional pode solicitar alguns exames adicionais para descartar a possibilidade de ter outras doenças como possíveis causas.

Parkinson tem cura?

Infelizmente, essa doença não tem cura atualmente.

No entanto, os seus sintomas podem ser aliviados com a ajuda de alguns tratamentos e medicações (4).

Dessa forma, a pessoa com essa doença pode ter uma qualidade de vida melhor.

Além disso, mudanças nos hábitos de vida podem melhorar o quadro.

Como, por exemplo, adotar uma rotina de exercícios aeróbicos e fazer fisioterapia, pois podem ajudar a lidar com os tremores e nos movimentos.

Por fim, seu médico pode receitar algumas medicações para ajudar nesse momento.

Esses remédios têm como objetivo restaurar a função dopaminérgica (isto é, da ação da dopamina) no cérebro (5).

Assim, os problemas de tremor, dificuldade de andar e movimentação podem diminuir.

No entanto, mesmo que você tenha melhora nos sintomas com as medicações, a eficácia desses remédios pode diminuir com o tempo.

Isso porque, o mal de Parkinson é uma doença degenerativa. Ou seja, segue um curso que tende a piorar conforme o tempo passa.

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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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