Pedra na Vesícula: Quais os Sintomas? Entenda os Riscos

A pedra na vesícula (ou colelitíase) é um problema relativamente comum na população.

Ou seja, ela afeta muitas pessoas.

Apesar disso, não significa que todos vão saber que têm pedra na vesícula.

Afinal, nem todos vão ter sintomas.

Neste artigo, eu vou explicar para você detalhes sobre ela e as possíveis complicações de saúde que ela pode causar.

O que é pedra na vesícula?

É uma pedra que se forma no interior da vesícula biliar, um órgão de dentro da barriga. É importante que você entenda o que é este órgão. A vesícula biliar tem formato semelhante a uma pera. Ela fica na região do abdome, no lado direito, abaixo do fígado. Além disso, dentro dela existe um líquido que se chama bile. A bile, por sua vez, é importante para auxiliar na digestão de gordura que ingerimos na nossa dieta. Já o fígado é o órgão que produz a bile e que a libera até a vesícula biliar, que armazena este líquido até ser liberado no intestino.

Portanto, a tal da pedra na vesícula é consequência de depósitos (material que fica sólido) a partir do líquido que está dentro deste órgão.

Por fim, sabemos que a composição desta pedra pode ter colesterol ou bilirrubina (um pigmento amarelo ou laranja) e o tamanho pode ser tão pequeno quanto um grão de areia e tão grande quanto uma bola de ping pong.

O que causa pedra na vesícula?

Não existe muita certeza sobre a causa. Acredita-se que pode ser por conta de:

  • Excesso de colesterol na bile
  • Excesso de bilirrubina na bile
  • Problemas no esvaziamento da vesícula biliar

Além disso algumas características podem aumentar a chance de desenvolver a pedra na vesícula. Por exemplo, pessoas com obesidade (1) ou que têm dieta com muita gordura e poucas fibras alimentares (2).

Quais os sintomas de pedra na vesícula?

Como falamos antes, existem muitas pessoas que não sentem sintomas (3).

Uma explicação para isto é a seguinte: a pedra só causa sintomas quando ela fica presa em algum canal por onde a bile sai.

Portanto, enquanto a pedra não se movimentar para um lugar que impede a saída da bile, provavelmente você não sentirá nada.

Por outro lado, caso tenha sintomas (4), pode ser que você tenha:

  • Dor na região superior e direita do abdome, de início súbito e com forte intensidade
  • A dor também pode ser no meio do abdome, também na parte superior
  • A duração do episódio pode ser de minutos até algumas horas
  • Náusea e vômito
  • A dor ainda pode se espalhar para as costas ou para o ombro direito

Como eliminar pedra na vesícula?

A princípio, os casos que não causam sintomas não precisam de nenhum tratamento específico.

Já a forma mais usual para eliminar a pedra é por meio da remoção da vesícula biliar por uma cirurgia que recebe o nome de colecistectomia.

Quais complicações posso ter?

Em geral, quando a pedra não obstrui o fluxo de bile que sai do órgão, não costuma haver grandes complicações.

Por outro lado, a obstrução pode provocar diferentes problemas (5) que dependem do local em que ela se aloja.

Sendo assim, alguns exemplos de complicações incluem:

  • Colecistite: inflamação da vesícula biliar
  • Icterícia: excesso de bilirrubina que tem pigmentação amarela e deixa a pele com este mesmo tom
  • Pancreatite: inflamação do pâncreas, um órgão que ajuda na digestão e também no controle do nível de glicose (açúcar) no sangue
  • Câncer de vesícula biliar (é bastante raro que isto aconteça)

Quando procurar assistência médica?

Procure um serviço de emergência caso tenha:

  • Dor no abdome muito intensa e prolongada
  • Pele e a esclera (“branco dos olhos”) com cor amarela
  • Urina com cor de coca cola e fezes brancas
  • Febre ou calafrios
  • Náusea e vômito

Por fim, se você estiver preocupado com a possibilidade de ter pedra na vesícula, você pode agendar uma consulta com seu médico.

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(Autor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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