Vitalismo

Pílula do Dia Seguinte: Como Tomar? Como ela Age no Corpo?

pílula do dia seguinte

É provável que você já tenha ouvido falar da pílula do dia seguinte.

Afinal, ela é o método contraceptivo de emergência mais comum.

Isso porque é acessível e tem uma boa eficácia.

Mas afinal, como a pílula do dia seguinte age no seu corpo para evitar a gravidez?

Nesse artigo você vai entender como essa pílula funciona no seu organismo.

Além disso, verá os possíveis efeitos colaterais que ela pode ter.

O que acontece depois de tomar a pílula do dia seguinte?

Depois de tomar a pílula do dia seguinte, os hormônios contido nela (levonorgestrel) ou uma substância (acetato de ulipristal) é absorvida no intestino. Em seguida, alcança a corrente sanguínea e passa a atuar no seu organismo. Em geral, a pílula pode causar alguns efeitos colaterais como dor de cabeça, náusea e desconforto abdominal. Além disso, podem ocorrer alterações na sua menstruação. Por isso, ela pode vir até uma semana depois do dia normal do seu ciclo.

O que é?

A pílula do dia seguinte pode ser composta por um hormônio (levonorgestrel, que é um tipo de progesterona) ou por uma substância chamada de acetato de ulipristal (1,2).

Ambas são consideradas anticoncepcionais de emergência.

Ou seja, servem para prevenir a gravidez quando houve falha no método contraceptivo escolhido originalmente.

Ou quando houver relação sexual desprotegida.

No entanto, é importante relembrar que esse método não protege contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) (3,4).

Por fim, a pílula não é abortiva, ou seja, não interrompe a gravidez caso já tenha ocorrido a fecundação.

Ainda assim, há questionamentos sobre o momento de início da vida que podem levantar a discussão sobre a definição de aborto (5,6,7).

Nesse artigo, vamos focar nos detalhes da pílula de levonorgestrel, por ser a forma mais comum da pílula.

Como tomar?

Em princípio, você pode tomar a pílula do dia seguinte em qualquer período do seu ciclo menstrual.

Mas para conseguir a máxima eficácia da pílula, você deve toma-lá o mais rápido possível depois da relação de risco.

A pílula do dia seguinte começa a agir de forma imediata após o seu consumo.

O mais importante é não ultrapassar 72 horas desde a relação sexual (8).

Hoje, as pílulas que existem no mercado podem ser tomadas em dose única (um comprimido) ou em dois comprimidos.

Nessa segunda opção, o ideal é tomar uma e após 12 horas, tomar a outra.

Lembre-se de que se você vomitar ou tiver diarreia até duas horas depois de tomar a pílula, deve procurar um médico para perguntar se você pode tomar outra dose.

É importante lembrar que a eficácia da pílula pode ser menor em mulheres com obesidade (IMC maior que 30).

Por fim, leia sempre a bula para se informar sobre a pílula anticoncepcional que irá tomar.

Como a pílula do dia seguinte age no organismo?

A pílula previne a gravidez de maneiras diferentes dependendo do período do ciclo em que foi tomada.

Por exemplo, se você ainda não ovulou e tomou a pílula, ela vai impedir ou adiar a ovulação (fase em que o óvulo é liberado do ovário) (9).

Vale observar aqui que o óvulo liberado fica disponível para ser fecundado por um espermatozoide.

Por outro lado, se você tomou depois de ter ovulado, ela também tem ação para modificar o muco cervical.

Ou seja, isso dificulta o trajeto do espermatozoide até o óvulo.

Imagine que o muco é uma substância que fica no revestimento interno da região do colo do útero.

Já o colo do útero é como se fosse a “entrada” para o útero, que fica no final do canal vaginal.

Por isso, em ambas as formas, a pílula não interrompe uma gravidez já iniciada.

Isto é, não causa aborto do embrião (resultado da fecundação) que já está implantado no útero.

Por conta dessas alterações feitas pelos hormônios da pílula, você pode sentir alguns efeitos colaterais.

Efeitos colaterais da pílula do dia seguinte

Eficácia da pílula do dia seguinte

Em geral, a gravidez ocorre apenas em 2% a 3% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte.

No entanto, sua taxa de eficácia diminui conforme aumenta o tempo transcorrido entre a relação sexual de risco e a sua ingestão.

Por isso, quanto antes você tomá-la, melhor.