Pneumonia: Quais os Sintomas? Conheça os Grupos de Risco

Você sabia que a pneumonia está entre as principais causas de morte entre crianças no mundo?

Estima-se que cerca de 2 milhões de crianças menores de 5 anos morrem todos os anos por conta dessa condição (1).

Portanto, é fundamental conhecê-la e ficar muito atento aos sinais e sintomas que vou comentar neste artigo.

Além disso, aqui você vai entender melhor o que é a pneumonia e como é seu tratamento.

Então, vem comigo!

O que é pneumonia?

A pneumonia é uma infecção que afeta, provocando inflamação, principalmente os alvéolos pulmonares (minúsculos sacos aéreos nos pulmões). Essa infecção pode se dar por vírus, bactérias ou fungos (2,3,4,5,6), levando ao acúmulo de líquidos ou pus nos alvéolos. É justamente esse acúmulo de fluidos que geram muitos dos seus sintomas característicos.

Saiba que a infecção pode ser leve, assim como também pode gerar uma condição fatal.

Existem, portanto, alguns grupos de risco, os quais costumam desenvolver os quadros mais graves. São eles:

  • Crianças com 2 anos de idade ou menos
  • Idosos acima de 65 anos de idade (7)
  • Pacientes hospitalizados
  • Portadores de doenças crônicas (por exemplo, asma, enfisema pulmonar ou doenças no coração)
  • Tabagistas (8)
  • Pessoas com o sistema imune enfraquecido (por exemplo, portadores de HIV/AIDS ou que fazem tratamento com quimioterapia)

Quais são os sintomas da pneumonia?

Os sintomas da pneumonia variam conforme:

  • A causa da infecção: qual tipo de vírus, bactéria ou fungo que está infectando os pulmões
  • A presença de fatores de risco: idade e comorbidades (outras condições de saúde)

De forma geral, os sintomas mais leves se parecem muito com os da gripe.

Porém, nestes casos eles costumam se prolongar por mais tempo.

Além disso, outros sintomas podem incluir:

  • Dor no peito ao tossir ou respirar
  • Confusão mental ou mudanças no estado de consciência (principalmente em pessoas acima de 65 anos)
  • Tosse (comumente com catarro)
  • Fadiga, cansaço ou fraqueza
  • Febre, suor e calafrios
  • Redução da temperatura do corpo (mais comum em pessoas acima de 65 anos ou com o sistema imune enfraquecido)
  • Náuseas, vômitos ou diarreia
  • Dificuldade de respirar ou respiração encurtada

Por fim, bebês e recém-nascidos podem não apresentar nenhum sintoma da infecção.

Algumas vezes, no entanto, eles podem vomitar, ter febre, tosse, dificuldade de respirar ou comer (ou recusar os alimentos) e parecer cansados.

Quando procurar um médico?

Você deve procurar um médico caso haja dificuldade para respirar, dores no peito, febre alta (39 °C ou mais) ou que não melhora, ou tosse persistente (principalmente se houver pus).

Aliás, pessoas que fazem parte dos grupos de risco devem ficar ainda mais atentas à procura por um serviço de saúde caso apresente esses sintomas.

Afinal, nessas pessoas, a pneumonia pode rapidamente se tornar uma condição grave ou fatal.

Por isso, não hesite em procurar um médico.

Como é o tratamento da pneumonia?

O tratamento dessa condição tem como objetivo curá-la e evitar outras complicações.

Na maioria dos casos, o tratamento pode ser feito com uso de medicamentos em casa.

Entretanto, em quadros mais graves, é necessário a internação hospitalar para cuidados mais específicos.

No geral, os medicamentos utilizados são:

  • Antibióticos: utilizados nos casos de infecção por bactérias. Os antibióticos auxiliam o corpo a eliminar o agente infeccioso, mas, para isso, é fundamental que você use o medicamento conforme prescrito pelo médico. Sendo assim, não interrompa seu uso, mesmo que os sintomas já tenham sido aliviados
  • Analgésicos (para aliviar as dores) e antitérmicos (para controlar a febre)

Já a necessidade de hospitalização por pneumonia ocorre seguindo alguns critérios de risco e gravidade (9), os quais incluem:

  • Idade acima de 65 anos
  • Confusão mental (não saber dizer onde nem em que dia ou mês se encontra)
  • Piora na função dos rins
  • Queda intensa da pressão arterial
  • Aumento da frequência respiratória
  • Necessidade de assistência respiratória (com oxigênio suplementar)
  • Queda da temperatura do corpo (hipotermia)
  • Frequência cardíaca menor que 50 batimentos por minuto (bpm) ou acima de 100 bpm

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(Autor)

Como graduando do curso de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e escritor do Vitalismo tenho como propósito trazer informações sobre saúde de qualidade e baseadas em evidências científicas com uma linguagem de fácil acesso para toda a população. Ingressei no curso de Medicina em 2018 por vocação e amor ao cuidado. Agora tenho a oportunidade de levar essa minha paixão para todos leitores do Vitalismo. Além disso, sou fundador da Liga de Empreendedorismo, Gestão e Inovação da UNESP e atualmente sou coordenador da Liga de Ortopedia de Botucatu.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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