Você já ouviu falar de radioterapia?
Essa modalidade de tratamento já vem sendo usado há mais de um século.
Para se ter uma melhor noção, o primeiro uso de radiação para tratamento de câncer data de 1896 (1).
Desde então, muitos progressos continuam surgindo (2,3).
Hoje em dia, estima-se que cerca de 2 a cada 3 pacientes com câncer fazem radioterapia em algum estágio de seu tratamento (4).
Neste artigo, você vai entender o que é este tratamento e quais são suas funções.
Além disso, também saberá sobre os seus benefícios e efeitos colaterais.
A radioterapia é o uso de radiação de forma segura e controlada para matar células cancerígenas. O uso da radiação pode ser feito antes, durante ou após a cirurgia ou da quimioterapia, a fim de contribuir com o tratamento do câncer (5,6).
Assim, as principais utilidades da radiação como forma de tratamento são:
A radiação não mata as células cancerígenas de uma só vez.
Dessa forma, demoram alguns dias ou até mesmo semanas até que as células comecem a morrer.
Além disso, as células continuam sofrendo os efeitos da radiação mesmo após semanas ou meses do fim do tratamento.
Dependendo de vários fatores, como, por exemplo, o tipo e a localização do tumor, o médico pode escolher diferentes tipos de abordagem com a radiação (7).
Os tipo mais comuns são:
O uso de radiação não mata exclusivamente as células tumorais, mas também lesa ou mata as células saudáveis da região do corpo que está sendo tratada.
Por conta disso, é esperado que surjam alguns efeitos colaterais (8,9), os quais podem variar de acordo com a região que está sendo tratada.
De maneira geral, ocorre perda de pelos ou cabelo no local, irritação e ressecamento da pele na região tratada e fadiga (cansaço).
Nesse sentido, quando a radiação tem o foco na cabeça ou no pescoço, os efeitos colaterais mais comuns são:
Já quando foco é no peito, os seus efeitos incluem:
Nos casos de radiação no abdome, pode ocorrer:
Por fim, quando direcionadas para a região da pelve, eles incluem:
A princípio, esses efeitos colaterais costumam sumir após dois meses do término da radioterapia.
Entretanto, existem ainda efeitos colaterais tardios, os quais surgem após 6 meses ou mais do fim do tratamento.
Sua ocorrência depende do local do tratamento e da quantidade de radiação que foi utilizada para isso.
Além disso, para cada pessoa e situação, variam os efeitos que vão surgir.
Portanto, é sempre importante discutir com a equipe responsável pelo seu tratamento quais os riscos e benefícios envolvidos.