Rinite: Saiba as Causas e Como Evitar os Sintomas da Doença

Primeiramente, vale lembrar que a rinite afeta milhões de pessoas por ano e constitui uma causa importante de perturbação do sono, da qualidade de vida e do trabalho (1).

Em linhas gerais, a Rinite é a inflamação da mucosa (revestimento interno) do nariz (2).

De modo similar, a sinusite é a inflamação da mucosa dos “espaços” (cavidades e “tubos”) que se conectam ao nariz para a circulação de ar.

Estes “espaços” ficam dentro dos ossos do rosto e são chamadas de seios da face.

Em geral, essas regiões inflamam ao mesmo tempo e, por isso, a condição também tem o nome de rinossinusite.

Mas podemos simplificar e chamá-la apenas de “rinite” por enquanto.

Essa inflamação, então, causa inchaço na passagem de ar do nariz e aumenta a produção de muco, gerando os principais sintomas dessa condição.

Quais são os sintomas da doença?

Os sintomas de rinite se baseiam no bloqueio da passagem de ar, no enchimento dos seios da face com muco e, às vezes, em uma reação alérgica. Em geral, a presença de tais características são suficientes para o médico fazer o diagnóstico.

Isso porque esses eventos explicam os sintomas (3), que podem ser:

  • Congestão nasal (“nariz entupido”)
  • Coriza ou secreção nasal (“nariz escorrendo”)
  • Dor na cabeça e no rosto
  • Espirros
  • Coceira no nariz, na garganta, nos olhos ou no céu da boca (princialmente nos casos alérgicos)
  • Diminuição ou perda do olfato

Ainda, alguns outros sintomas podem indicar uma maior gravidade, tais como:

  • Tosse
  • Febre
  • Sangramento
  • Muco espesso e com mau cheiro

Caso algum desses sintomas dure por muito tempo, não deixe de procurar atendimento médico.

Quais são as causas e os tipos?

A inflamação característica da doença pode ter várias causas e nem todas são bem conhecidas.

Por exemplo, existe a rinite alérgica, cuja inflamação depende do contato com algumas substâncias irritantes que veremos à frente.

Este tipo também é mais comum em filhos de pessoas alérgicas.

Por outro lado, a rinite viral, que é o resfriado comum causado por vírus, também é bem frequente.

Existe também a rinossinusite bacteriana, causada pela proliferação de bactérias em seios da face já preenchidos e obstruídos por muco.

No entanto, a inflamação também pode ocorrer por causas estruturais.

Ou seja, pode ser que pólipos (tumores benignos), glândulas aumentadas, um desvio do septo nasal ou outros tumores estejam agredindo a mucosa ou bloqueando a respiração.

Nesses casos, o exame de endoscopia pode ajudar no seu diagnóstico.

Por fim, é possível ainda que as inflamações sejam crônicas (duradouras) ou recorrentes, e que aconteçam sem uma causa aparente.

Portanto, uma avaliação com profissional médico é fundamental para distinguir os seus tipos e tratá-la de acordo.

Como tratar a rinite?

Quando a causa é viral (resfriado), a maioria dos casos se resolve espontaneamente.

Isto é, envolve aguardar por alguns dias, sem necessidade de tratamento específico. 

Já no caso de rinite alérgica (4,5), o tratamento é, primeiramente, diminuir o contato com alérgenos tais quais:

  • Ácaros
  • Mofo
  • Poeira
  • Fezes de barata
  • Pelos de animais
  • Fumaça de cigarro
  • Poluição ambiental

Por isso, a higiene do ambiente é muito importante.

Especialmente as pessoas com rinite crônica devem viver em locais limpos, arejados, com sol, com poucos ou nenhum tapete, carpete, cortinas e bichos de pelúcia por perto.

Porém, quando isso não é suficiente, a medicação prescrita por um médico passa a ser uma opção.

Para todos os tipos de rinite, lavar o nariz com solução salina pode trazer bastante alívio sem efeitos adversos.

Caso ainda não seja suficiente, descongestionantes nasais, antialérgicos, corticoides e até antibióticos fazem parte do tratamento, a depender da causa.

No entanto, todas essas drogas têm seus riscos, podendo piorar os sintomas ou causar outros efeitos não desejados.

Por isso, sempre consulte um médico para estabelecer o melhor tratamento para o seu caso de rinite.

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(Autor)

Olá! Meu nome é Gabriel Braga Villa e tenho 26 anos. Sou estudante do quinto ano de Medicina na UNESP Botucatu. Batalhei bastante para entrar na faculdade, fiz quatro anos de cursinho pré-vestibular depois de me formar no colégio. Hoje amo estudar saúde e as duas coisas que mais me movem na área são: acolher quem precisa de ajuda e espalhar conhecimento para que as pessoas possam viver com mais qualidade. Além da medicina, também amo todos os tipos de esportes. Jogo basquete e pratico corrida há 10 anos -- são as atividades que mais relaxam meu corpo e minha mente. Inclusive, acredito no exercício físico, no esporte e em um estilo de vida ativo como ferramentas de promoção de saúde, uma vez que podem participar da prevenção e da cura de diversas doenças, além de poder aumentar a qualidade de vida de qualquer pessoa. Por fim, sou fiel à ciência e ao método científico e, neste projeto, meu objetivo é contribuir para a saúde e o bem-estar dos leitores do Vitalismo.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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