Rosácea: O Que É? Quais São os Sintomas? Como é Tratada?

A rosácea é uma doença cutânea (de pele) que costuma se desenvolver em fases.

Ela é causada por inflamação da pele do rosto, cujos sinais variam, por exemplo, desde bochechas coradas até graves deformidades do nariz.

Além disso, a rosácea é mais comum em:

  • Mulheres (até três vezes mais que homens) (1)
  • Pessoas de pele clara
  • Pessoas vindas da Irlanda ou do norte europeu
  • Adultos entre 30 e 50 anos

E como ela é mais comum em pessoas que têm casos na família, provavelmente tem um fator genético entre as causas.

O que provoca rosácea?

Embora a rosácea não tenha uma causa conhecida, alguns fatores podem causar “surtos” (episódios de piora dos sintomas), como:

  • Estresse
  • Exposição ao sol
  • Ingestão de álcool
  • Tempo frio ou calor
  • Banhos e bebidas quentes
  • Exercício físico
  • Cosméticos
  • Comida temperada

Os surtos podem durar tanto semanas como meses e depois regredir.

No entanto, com o tempo, os sintomas podem ficar mais intensos e duradouros.

Quais são os sintomas de rosácea?

Os sintomas (2,3) variam de acordo com as fases da doença, que são quatro.

Cada fase, no entanto, costuma apresentar também os sintomas da fase anterior.

Fase 1 ou fase pré-rosácea

  • Bochechas e nariz ficam vermelhos (rubor) por mais tempo que o normal
  • Pode causar desconforto, sensação de “pinicar” ou ardência

Neste caso, o rubor pode ser confundido com um sinal de boa saúde e atrasar a procura por um médico.

Fase 2 ou fase vascular

  • A pele fica vermelha e inchada
  • Pequenos vasos sanguíneos ficam aparentes (telangiectasia)

Fase 3 ou fase inflamatória

Nesta fase, aparecem pequenas espinhas na região, podendo conter pus.

Por isso, a rosácea também é chamada de “acne de adultos” e pode ser confundida com acne comum.

Fase 4 ou fase tardia

Por fim, a pele do nariz engrossa e fica com aspecto bulboso (em “calombos”).

Essa deformidade, então, tem o nome de rinofima.

É importante saber que alguns pacientes começam os sintomas já na fase 3.

A maioria, no entanto, desenvolve cada fase gradualmente desde a primeira.

O tratamento, por sua vez, costuma fazer os sintomas retornarem à fase 1.

Por último, é importante dizer que o desenvolvimento da fase 4 da doença pode ser evitado com o tratamento.

Rosácea ocular

Além dos sintomas acima, algumas pessoas desenvolvem, antes ou ao mesmo tempo, a rosácea ocular.

Essa forma inclui os seguintes sintomas nos olhos:

  • Prurido (coceira)
  • Eritema (vermelhidão)
  • Edema (inchaço)
  • Sensação de corpo estranho

Na forma ocular, várias partes do olho ficam inflamadas, como pálpebras, conjuntiva e córnea (parte mais anterior do olho).

Isso causa, por exemplo, blefarite, conjuntivite e queratite, respectivamente.

Como é o tratamento para rosácea?

Esta é uma doença que não tem cura.

Por isso, o tratamento para rosácea se baseia no controle dos sintomas que mais incomodam.

Sendo assim, evitar os fatores que causam a piora dos sintomas é o mais importante (4).

Mas, como nem sempre isso é o suficiente, existem alternativas:

  • Creme ou gel de medicamentos que diminuem o fluxo de sangue na superfície da pele e melhoram a vermelhidão
  • Para os sintomas da fase inflamatória ou rosácea ocular, medicamentos antibióticos (5) em comprimidos ou creme
  • Os vasos aparentes (telangiectasia) podem ser removidos com laser
  • As deformações da fase 4, por sua vez, podem ter correção com procedimentos cirúrgicos

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(Autor)

Olá! Meu nome é Gabriel Braga Villa e tenho 26 anos. Sou estudante do quinto ano de Medicina na UNESP Botucatu. Batalhei bastante para entrar na faculdade, fiz quatro anos de cursinho pré-vestibular depois de me formar no colégio. Hoje amo estudar saúde e as duas coisas que mais me movem na área são: acolher quem precisa de ajuda e espalhar conhecimento para que as pessoas possam viver com mais qualidade. Além da medicina, também amo todos os tipos de esportes. Jogo basquete e pratico corrida há 10 anos -- são as atividades que mais relaxam meu corpo e minha mente. Inclusive, acredito no exercício físico, no esporte e em um estilo de vida ativo como ferramentas de promoção de saúde, uma vez que podem participar da prevenção e da cura de diversas doenças, além de poder aumentar a qualidade de vida de qualquer pessoa. Por fim, sou fiel à ciência e ao método científico e, neste projeto, meu objetivo é contribuir para a saúde e o bem-estar dos leitores do Vitalismo.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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