Sarampo: Saiba o Que Causa Essa Doença e Como se Cuidar

O sarampo é uma doença infecciosa causada por um vírus.

É muito contagiosa, já que as formas pelas quais ela é transmitida facilita muito a sua disseminação (se espalha para várias pessoas).

Entretanto, a vacinação tem sido uma grande aliada no controle do sarampo, o que tem resultado na diminuição da incidência dessa condição.

Nesse artigo você irá aprender o que é e quais os possíveis sintomas dessa doença.

Além disso, verá como ocorre sua transmissão.

Como saber se está com sarampo?

Em princípio, os sintomas podem ser muito semelhantes aos de uma gripe (como febre e dores no corpo), além de aparecerem manchas no formato de pontos vermelhos com centro branco ou branco-azulado dentro da boca (manchas de Koplik) (1). Na pele, podem surgir manchas vermelhas que se iniciam no rosto e se espalham para o restante do corpo.

Em outras palavras, os sintomas do sarampo podem também incluir:

  • Coriza
  • Febre ou calafrios
  • Tosse seca
  • Dor de garganta
  • Conjuntivite (vermelhidão nos olhos por conta de inflamação)
  • Olhos vermelhos e doloridos (com sensibilidade à luz)
  • Manchas vermelhas e um pouco salientes (inchadas) aparecem na pele

Esses sinais e sintomas podem ser muito sugestivos da presença desta doença.

Em geral, a maioria pode aparecer cerca de 7 a 14 dias após a infecção, sendo que as manchas na pele costumam aparecer por último.

Esta doença é mais frequente em crianças, mas isso não significa que também não possa afetar os adultos.

Vale ressaltar que as chances de você contrair esta doença podem ser maiores se a sua carteirinha de vacinação não estiver indicando que você foi imunizado, na infância, com a tríplice viral.

Isto é, caso você não tenha recebido o imunizante (vacina) que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba (o que justifica o nome “tríplice viral”) (2), você pode estar mais vulnerável a essa doença.

Além disso, há outros fatores que aumentam o risco para esta condição.

Fatores de risco

  • Viajar ou frequentar lugares onde o número de casos desta doença é mais alto
  • Ter deficiência de vitamina A
  • Imunodepressão (quando o sistema de defesa do organismo está frágil)

Transmissão do sarampo

Em resumo, esse vírus é transmitido por meio de gotículas de saliva.

Elas podem contaminar o ambiente de diferentes maneiras, tais como:

  • Tosse
  • Espirro
  • Pela fala (quando a saliva também é espalhada para pessoas próximas)
  • Saliva, ao falar
  • Tocar em superfícies contaminadas pelo vírus (que pode permanecer ativo por horas) e, em seguida, encostar nos olhos, no nariz ou na boca

Sem dúvida, essas formas de transmissão deixam evidentes como essa doença é altamente contagiosa (3).

Quando procurar ajuda médica?

É importante procurar por atendimento caso, você tenha dúvidas se você ou a criança já recebeu a imunização (vacina) (4).

Ou se perceber que você ou a criança está com manchas pelo corpo, assim como se houver suspeita de que possa ter tido contato com o vírus do sarampo.

Após avaliação clínica, o médico poderá confirmar o diagnóstico da doença, pois geralmente isso se torna claro ao se visualizar as manchas de Koplik (dentro da boca).

Em alguns casos, pode ser que seu médico solicite exames complementares quando houver dúvidas sobre o diagnóstico.

Geralmente, o tratamento consiste no uso de medicações para aliviar os sintomas, como as dores e a febre.

Além disso, quando a condição é tratada em seu início, pode se evitar as complicações dela (5), por exemplo:

Prevenção

Sem dúvida, se imunizar através da vacina é a melhor forma de se proteger.

Portanto, é importante verificar sua carteira de vacinação, principalmente antes de fazer viagens para locais de maior risco.

Além disso, manter seu sistema imune fortalecido e evitar o contato com pessoas contaminadas e/ou suspeitas de estarem com a infecção, também são medidas que podem lhe ajudar.

Vale ressaltar que o sarampo é uma das principais causas evitáveis de mortes de crianças no mundo (6).

Portanto, a ocorrência de novos contágios, que continuam a surgir (7,8), reafirma a importância de se conhecer e se proteger contra essa condição.

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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