Se você já ouviu falar de sepse, já deve imaginar que se trata de algo grave, certo?
Afinal, ela é a maior causa de mortes nas UTIs (unidades de tratamento intensivo).
Mas você sabe o que é esta emergência médica e o por que ela ocorre?
Se é isso que você está buscando, veio ao lugar certo!
Neste artigo você vai encontrar as respostas para suas perguntas sobre a sepse.
Além disso, também vou te contar quais as complicações desta condição e como é seu tratamento.
Então vamos começar definindo essa condição?
A sepse é uma resposta inflamatória generalizada gerada pelo nosso próprio organismo em resposta a uma infecção. Na maior parte é causada por bactérias. Esta inflamação é grave e afeta todo o corpo, podendo causar redução do fluxo sanguíneo para os membros e órgãos vitais. Dessa forma, ela pode levar à falência dos órgãos e até mesmo à morte (1).
Em estágios mais críticos, uma complicação que pode ocorrer é o choque séptico (2).
Nesta fase, o suprimento de sangue aos órgãos pode não ocorrer sem auxílio de medicamentos específicos que servem para aumentar a pressão dos vasos sanguíneos.
No Brasil, estima-se que a taxa de mortalidade desta doença é de 55,7% (3).
Ou seja, mais da metade dos pacientes que são internados com ela vão a óbito.
A resposta inadequada, desregulada e desproporcional do organismo diante de infecções é o motivo principal para se instalar o quadro de sepse (4).
Com isso, ocorre a lesão disseminada de órgãos, prejudicando o seu funcionamento.
Por exemplo, órgãos como os pulmões, o fígado, o cérebro, os rins e o coração podem ser afetados.
Na maior parte dos casos, o gatilho inicial é provocado pela infecção por bactérias.
No entanto, infecções por vírus, fungos ou parasitas também podem levar a essa condição.
Assim, os principais tipos e locais de infecções incluem:
Embora possa ocorrer em qualquer pessoa, existem alguns fatores de risco (5) que aumentam a chance de se desenvolver essa condição.
Alguns desses fatores são:
A princípio, para se suspeitar desta doença, a primeira coisa é avaliar se existe um quadro de infecção.
Além da presença de infecção, os sintomas incluem:
Esta é uma doença que é mais comum de ocorrer em pessoas que estão hospitalizadas ou que estiveram recentemente.
No entanto, como qualquer infecção tem potencial para evoluir para sepse, você deve ficar atento.
Por isso, caso o seu tratamento da infecção não tenha uma resposta favorável é importante procurar por atendimento médico.
Pois sem um tratamento adequado, aumenta o risco de a doença progredir para uma situação de sepse.
Sinais de respiração acelerada e curta, bem como alterações do nível de consciência (como confusão mental) exigem rápido atendimento por um serviço de emergência.
Assim sendo, no Brasil, é possível chamar pelo SAMU, ligando para o número 192.
Para que a sepse tenha maiores chances de cura, é necessário que seja diagnosticada e tenha o tratamento iniciado o mais rápido possível.
Por isso, pacientes com esta doença são tratados em UTIs (unidades de terapia intensiva).
No tratamento é feito o uso de:
Além disso, podem ainda ser utilizados insulina para manter estável o açúcar no sangue, doses controladas de corticosteroides (6), além de analgésicos ou sedativos, ambos para alívio dos sintomas.
Por fim, dependendo da situação, é possível que seja necessário o uso de oxigênio suplementar, ventilador mecânico (máquina para auxiliar na respiração) ou de diálise (procedimento para filtrar resíduos, sais e líquido do corpo), no caso de falência dos rins.