Teste do Pezinho: O que É? O que ele Detecta? Como é Feito?

É provável que você já tenha ouvido falar do teste do pezinho.

Isso porque é um exame feito em todos os bebês nascidos no Brasil desde 1992 (1).

Mas afinal, como funciona o teste do pezinho?

Nesse artigo você vai entender o que é e como é feito esse teste.

Além disso, vai ver quais doenças ele detecta e quais são os outros testes de triagem neonatal.

Quais são as doenças que são detectadas no teste do pezinho?

No Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, as seguintes doenças (2):

  • Fenilcetonúria
  • Hipotireoidismo congênito
  • Doença falciforme e outras hemoglobinopatias
  • Fibrose cística
  • Deficiência de biotinidase
  • Hiperplasia adrenal congênita

Vale lembrar que existem as versões de testes ampliados que podem detectar outras doenças adicionais (3,4).

No Brasil, estas outras opções podem ser encontradas na rede privada.

O que é o teste do pezinho?

O teste do pezinho é um exame capaz de identificar uma variedade de doenças no recém-nascido que está incluso no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN).

Por isso, no Brasil, esse e outros testes de triagem neonatal são gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Você pode buscar por este teste para o recém-nascido em um posto de saúde.

Esse programa tem como objetivo detectar e tratar doenças no recém-nascido.

Isso porque, quanto mais cedo se descobre essas doenças, mais eficazes são os seus tratamentos.

Por isso, é um teste muito importante que deve ser feito entre o 3º e 5º dia de vida.

Como é feito o teste do pezinho?

O exame do pezinho é feito por meio de uma coleta de amostra de sangue (5) retirada do pé do recém-nascido.

Então, em primeiro lugar, o profissional vai puncionar o pé para tirar uma amostra de sangue.

Depois disso, vai apertar levemente o pezinho do bebê para que algumas gotas de sangue se formem.

Por fim, vai depositar as gotas de sangue em um papel-filtro e levá-lo para análise.

Mesmo que alguns bebês chorem durante o teste, a “picadinha” é muito importante para detecção precoce das doenças que vimos acima.

Outros testes de triagem neonatal (6)

Além do teste do pezinho, todo bebê que nasce no Brasil tem direito a realizar de forma gratuita os demais testes de triagem neonatal (7).

Teste do olhinho (8)

É o nome popular para o Teste do Reflexo Vermelho.

O seu objetivo é detectar qualquer alteração que ocorra na visão do bebê como, por exemplo, a catarata e o glaucoma.

Além disso, é um exame rápido, sem dor e muito simples.

Para realizá-lo, em primeiro lugar, o profissional vai posicionar um oftalmoscópio (instrumento com luz usado para observar estruturas do olho).

Em seguida, vai observar e analisar o reflexo que se forma nos olhos do bebê.

O ideal é que se formem dois reflexos avermelhados do mesmo tamanho nos dois olhos.

Contudo, vale lembrar que mesmo que esse exame seja capaz de detectar muitos problemas, é indispensável o acompanhamento do bebê com o oftalmologista (médico dos olhos).

Teste do coraçãozinho (9)

Esse exame serve para medir a quantidade de oxigênio no sangue do recém-nascido e deve ser realizado antes da alta da maternidade.

Para isso, utiliza-se um oxímetro (dispositivo que mede o oxigênio no sangue).

Caso seja identificada alguma alteração, o bebê vai receber encaminhamento para realizar um ecocardiograma, que é um ultrassom do coração.

Teste da orelhinha (10)

Por último, esse teste é feito ainda na maternidade entre 24h e 28h de vida.

O objetivo dele é a detecção de qualquer problema auditivo do recém-nascido.

Diferentemente do teste do pezinho, esse exame é feito enquanto o bebê dorme, não precisa de sangue e não dói.

Para isso, em primeiro lugar, coloca-se uma espécie de fone que está ligado a um computador na orelha do bebê.

Então, esse computador emite ondas fracas de som por meio desse fone.

Com isso, consegue-se detectar as respostas internas do ouvido do bebê a esses sons e identificar um possível problema.

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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

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