Tosse: Quais os Tipos? Pode Ser algo Grave? O Que Fazer?

A tosse é um sintoma comum e que leva muitas pessoas a procurarem atendimento médico.

Mas você sabia que existem vários tipos?

Dessa forma, as doenças que levam a este sintoma podem tanto ir embora sozinhas, quanto sinalizar problemas mais graves.

No entanto, antes de prosseguir, vamos à definição geral do que vem a ser a tosse.

Trata-se de um movimento de reflexo vigoroso e involuntário com objetivo de limpar a garganta ou as vias aéreas (meio de passagem de ar para os pulmões) (1).

Portanto, apesar de ser bastante perturbador, ela serve para proteger o nosso corpo e favorece a recuperação frente aos motivos que deram origem ao sintoma.

Quanto à duração, chamamos a tosse de aguda, quando durar menos de 3 semanas, ou crônica (tosse persistente), quando persistir por mais de 8 semanas.

Além disso, separar os casos de tosse seca e tosse produtiva (tosse com catarro) pode ser útil para o tratamento.

Quando a tosse é preocupante?

Apesar de a maioria das pessoas procurarem atendimento médico somente para obter um alívio, é importante se atentar para alguns sinais de alerta.

Assim, pode ser um sinal de gravidade, quando você notar a presença de:

  • Catarro purulento (esverdeado ou amarelado), sangue ou mucos sanguinolento (“catarro com sangue”)
  • Sibilos (sons que parecem assobios ou chiados durante a respiração) ou outros tipos de sons agudos
  • Falta de ar
  • Febre
  • Inchaço nas pernas
  • Perda de peso
  • Dor no peito
  • Dificuldade para engolir alimentos, engasgos ou vômitos

Portanto, diante destas situações citadas, é muito importante que você procure por atendimento médico.

O que é bom para tosse?

A princípio, a tosse deve ser tratada pela causa (2). Entretanto, em muitas situações este sintoma pode ser autolimitado, ou seja, ele vai embora sozinho. Além disso, o remédio para tosse pode não encurtar a sua duração, gerando frustrações e consultas médicas recorrentes. Ainda assim, algumas tentativas podem ser realizadas com balinhas e pastilhas sem necessidade de prescrição médica, ou com mel ou própolis com o propósito de aliviar o desconforto na garganta. Evite dar medicamentos sem orientação médica para menores de 6 anos. Por fim, a ingestão de líquidos ou medidas para umidificar o ar do ambiente também podem trazer alívio.

Ainda assim, lembramos que o mais importante é identificar a causa para obter um tratamento mais adequando para o seu caso.

Quais são as causas de tosse?

A lista de causas é bastante extensa (3). Em alguns casos, também pode ser difícil de encontrar a causa.

De qualquer modo, algumas das causas comuns são:

  • Resfriado comum
  • Gripe (Influenza)
  • Inalação de fumaça, pó, substância químicas ou outras partículas (de cigarros, maconha, fogão à lenha etc)
  • Asma
  • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
  • Pneumonia
  • Alergias
  • Doença do Refluxo Gastro-Esofágico
  • Gotejamento Pós-Nasal
  • Coqueluche
  • Sinusite
  • COVID-19
  • Insuficiência Cardíaca
  • Câncer de Pulmão
  • Medicamentos (inibidores da enzima conversora de angiotensina)
  • Embolia Pulmonar
  • Tuberculose
  • Laringite
  • Engasgo com alimentos

Como vimos aqui, são várias as causas possíveis e que vão além da lista acima.

Portanto, o mais importante é se atentar para as características da sua tosse para saber quando procurar por atendimento profissional.

Quando procurar assistência médica?

A princípio, é importante procurar atendimento médico somente para os casos de tosse que persistem por mais de 3 semanas ou quando não há resposta a tentativas de tratamento anteriores.

No entanto, na presença dos sinais possíveis de gravidade citados anteriormente, recomendamos que você procure um serviço de urgências e emergências médicas.

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(Autor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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