Transtorno do Pânico: Medos Recorrentes Ameaçam a Vida?

    O transtorno do pânico é uma condição de saúde mental que muitos conhecem pelo nome de “síndrome do pânico”.

    Ela tem como característica principal o surgimento de ataques de pânico recorrentes e inesperados.

    Muitas pessoas possuem 1 (um) ou 2 (dois) episódios de ataques de pânico ao longo da vida e depois nunca voltam a tê-los.

    No entanto, quando os ataques se tornam recorrentes e a pessoa vive longos períodos com medo de ter novos episódios, existe uma grande chance de isso se caracterizar como transtorno do pânico.

    Neste artigo, você entenderá um pouco dos possíveis motivos desta condição.

    Além disso, vamos contar mais detalhes dos sintomas que estão presentes nesta condição.

    O que leva uma pessoa a ter o transtorno do pânico?

    Não existe uma causa bem definida para a origem do transtorno do pânico. No entanto, alguns fatores parecem aumentar o risco para o seu surgimento. Por exemplo, histórico de casos na família, eventos traumáticos prévios, ser fumante, alterações no modo de funcionamento de partes do cérebro, estresse ou temperamento com tendência para pensamentos negativos.

    Quais os sintomas do transtorno do pânico?

    A princípio, o transtorno do pânico ocorre na forma de episódios recorrentes de ataques (ou crises) de pânico com frequências variáveis.

    Por exemplo, pode ocorrer duas vezes por mês ou até mesmo todos os dias.

    Os ataques de pânico costumam ser inesperados, ou seja, podem surgir de um estado relaxado ou até emergir do estado de sono.

    Cada episódio pode dar origem a reações físicas que atingem o seu pico de intensidade em questão de poucos minutos.

    Por conta disso, após cada ataque de pânico, é comum se sentir exausto ou excessivamente cansado.

    Além disso, após este evento, surge também um medo constante de voltar a ter novas crises (1), de modo que é comum alterar o comportamento para tentar evitar situações que parecem ser gatilhos.

    Nesse sentido, as reações no corpo e na mente de como é um ataque de pânico incluem:

    • Palpitações (batimentos cardíacos acelerados)
    • Suor intenso
    • Tremores
    • Desconforto para respirar
    • Sensação de engasgo ou sufocamento
    • Dor ou desconforto no peito
    • Náusea ou desconforto no abdome
    • Sensação de tontura ou de que está próximo de desmaiar
    • Calafrios ou sensação de calor
    • Formigamentos
    • Sensação de que está fora da realidade de que está fora de si
    • Medo de perder o controle ou de ficar louco
    • Medo de morrer

    Quando procurar por assistência médica?

    Se você suspeita que pode estar passando por episódios de ataques (ou crises) de pânico, procure por um atendimento médico.

    Embora não sejam ameaçadores à vida, pode ser muito difícil de se recuperar de um evento desses por conta própria.

    Além disso, os sintomas podem se confundir com problemas de saúde graves como o infarto do coração (ataque cardíaco).

    Por isso, é importante também que você passe por uma avaliação médica para entender o que pode estar dando origem aos seus sintomas.

    Como vencer o transtorno do pânico

    Em primeiro lugar, é importante destacar que existe tratamento para esta condição, sendo possível reduzir tanto a intensidade quanto a frequência dos sintomas.

    Com isso, é possível melhorar a capacidade funcional para seguir as atividades diárias de sua vida.

    Em geral, é recomendável fazer psicoterapia que consiste basicamente em uma terapia com base em conversas com um profissional.

    Além disso, o uso de medicações pode ser um fator adicional para reduzir os sintomas (2).

    Outras práticas de estilo de vida como estar próximo de um grupo de pessoas que oferecem suporte, praticar técnicas de relaxamento e controle de estresse também são favoráveis.

    Por fim, lembre-se que manter a consistência em um plano de tratamento é fundamental para aumentar as chances de se recuperar do transtorno do pânico.

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    (Autor)

    William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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