Varíola dos macacos: Estamos diante de uma nova pandemia?

A varíola dos macacos é uma zoonose rara transmitida pelo vírus monkeypox.

Ou seja, é uma doença em que o vírus passa para os seres humanos a partir de animais.

Mas afinal, porque os casos de varíola dos macacos vem aumentando no mundo?

Nesse artigo vamos falar um pouco mais sobre esse novo surto dessa doença.

Além disso, você vai ver quais são os principais sinais e sintomas que caracterizam essa condição.

Por fim, vamos apresentar alguns métodos para se proteger.

Quais são os sintomas da varíola dos macacos? (*)

  • Bolhas e feridas dolorosas na pele
  • Coceira na pele
  • Febre
  • Calafrios
  • Dores de cabeça
  • Fadiga
  • Dores musculares

Por fim, é importante notar as semelhanças dos sintomas com os sinais da varíola que já conhecemos.

No entanto, nessa variação do vírus, o estado é clinicamente menos grave.

Os sintomas podem aparecer de 5 a 21 dias após o contato com o vírus, chamamos esse período de período de incubação.

Além disso, as bolhas e feridas na pele costumam aparecer primeiro no rosto e boca, espalhando-se para o resto do corpo.

Como é a transmissão dessa doença? (*)

A varíola dos macacos é causada pelo vírus monkeypox, que infecta alguns animais.

De modo geral, esses animais são os roedores, como ratos.

Assim, a transmissão ocorre através do contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e objetos contaminados.

Ou seja, essa doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas.

Além disso, também pode acontecer pelo contato direto com as secreções das bolhas e feridas causadas pela doença.

Já a transmissão de animais para pessoas pode ocorrer pelo consumo de carne mal cozida infectada ou contato com secreções e sangue de animais doentes.

O que causou o surto de varíola dos macacos?

Em primeiro lugar, é importante saber que essa doença já é conhecida e já foi enfrentada no passado.

A varíola dos macacos foi notificada a primeira vez em 1970.

Desde então, existem antivirais, vacinas e testes para detectar o vírus com antecedência.

No entanto, atualmente as infecções estão aumentando no mundo todo, incluindo muitos estados brasileiros. (*,*,*)

Acredita-se que houve demora da Organização Mundial de Saúde (OMS) em reconhecer a doença como uma emergência internacional de saúde.

Afetando então as medidas globais para lidar com o vírus, como distribuição de vacinas.

Ou seja, sem uma notificação global de alerta, não são criadas estratégias e medidas para conter o avanço da contaminação.

Apesar do número de casos aumentando, a OMS afirma que o surto dessa doença pode ser controlado. (*)

Diferente da pandemia como a COVID-19, a transmissão da varíola dos macacos é mais difícil e trata-se de uma doença já conhecida.

Como prevenir a contaminação da varíola dos macacos? (*)

Para prevenir essa doença, algumas recomendações são, por exemplo:

  • Evitar contato próximo com pessoas e animais doentes
  • Lavar e desinfetar as mãos com água e sabão
  • Evitar tocar nas bolhas ou compartilhar objetos com pessoas doentes
  • Usar máscaras de proteção
  • Consumir carnes bem cozidas

Por fim, é importante saber da importância da vacina contra varíola.

Isso porque essa vacina mostrou ser 85% eficaz na prevenção contra varíola dos macacos.

No Brasil, essa vacina faz parte do calendário vacinal gratuito do SUS e pode ser aplicada a partir dos seis meses de idade.

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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

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